Mar

Claude Monet - 1873 - Impression, Soleil Levant (Impression, Sunrise)


Hoje fui ver o mar.
Sentir a brisa húmida e fria batendo-me na face e lembrando-me que estou vivo.
Ver o sol descer no horizonte até ser só um pequeno ponto de luz lá longe onde só o oceano e os mistérios que ele encerra.
Gosto de estar aqui.
Com o ruído das ondas embalando os meus pensamentos.
Eterno companheiro de alegrias e tristezas, venturas e desventuras, anseios, receios,
saudades...

Noite...

Ah, sê materna!
Ah, sê melíflua e taciturna
Ó noite onde me esqueço de mim
Lembrando

Álvaro de Campos


Vou dormir. Lembrar-me de ti...

Prelúdio

Vincent Van Gogh - Starry Night

Talvez achem pretensioso da minha parte aliar-me a tão grandes poetas da alma e da vida como Van Gogh e Fernando Pessoa na abertura deste blog. Espero que não o façam. É apenas uma homenagem de quem sabe que, por muito que tente, nunca chegará tão perto do âmago da vida, da razão das coisas, das cores e das palavras do mundo, como eles. É apenas um imenso obrigado por nos terem deixado tudo isso no génio das suas obras e assim nos ajudarem a conhecermo-nos melhor a nós próprios.